Croácia tem a primeira adega debaixo de água

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Chama-se Edivo Vina, fica em Drace, na península de Pelješac, e organiza excursões ao Mar Adriático para ir buscar garrafas de vinho

Há países que conhecem bem o seu vinho. Nós podemos dizer com muito orgulho que sabemos bem como é que funcionam essas coisas da uva, mas a Croácia não nos fica muito atrás. Na verdade, temos de admitir que se calhar até nos ultrapassou no dia em que decidiu revolucionar as coisas e abrir uma adega debaixo de água.

A ideia partiu de Edivo Vina, uma empresa vinícola que começou a fazer vinho em 2011. Mas porque não tinha piada fazer igual aos outros, no final de 2013 eles decidiram colocar o conteúdo de uma garrafa de vinho numa ânfora e deitá-la ao Mar Adriático. Das primeiras experiências amadoras passaram para um esquema bem organizado, onde tudo é pensado até ao mais ínfimo pormenor.

O primeiro passo é, claro, produzir o vinho. Depois de três meses acondicionado em terra, é posto em jaulas que vão para o fundo do mar. Durante dois anos — para sermos mais precisos são 700 dias —, é ali que vão ficar.

E porque é que fazem isso? De acordo com a Edivo Vina, o vinho ganha um aroma muito próprio (e único) a pinheiro. Além disso, debaixo de água conserva todas as suas qualidades, desde o sabor à cor. As garrafas estão bem protegidas por cortiça e duas camadas de borracha, são colocadas em três localizações distintas e estão protegidas por cadeado para evitar roubos.

Agora que os pormenores estão todos afinados, a Edivo Vina decidiu abrir a sua adega subaquática a todos os visitantes. Equipados com fatos de mergulho, os viajantes podem mergulhar debaixo de água para ver onde estão acondicionadas as garrafas e até espreitar um velho barco afundado no Mar Adriático. Se preferir ficar por terra, pode sempre comprar uma garrafa. Certamente que vai ser dos poucos que se pode gabar de ter um vinho que esteve 700 dias debaixo do mar.

Fonte: NiT – Uwe in Town

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