Avanço da Inteligência Artificial impacta gestão política

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Nos últimos anos, a população mundial tem assistido a avanços significativos da inteligência artificial (IA), tecnologia que possibilita a criação de máquinas capazes de realizar tarefas e tomadas de decisões de forma autônoma, com o auxílio de uma ampla base de dados. No dia a dia de quase todo cidadão que vive em grandes cidades no mundo contemporâneo, é possível ver a inteligência artificial em ação em veículos autônomos, no atendimento ao cliente por meio de assistentes virtuais, na criação de oponentes artificiais em jogos de videogame, em chatbots como o ChatGPT e nos sistemas de reconhecimento facial, entre muitas outras situações.

Isso acontece porque hoje a IA é capaz de simular a inteligência humana e realizar tarefas que antes dependiam não só da atuação de uma pessoa em carne e osso como também da expertise de profissionais especializados. No setor financeiro, por exemplo, ela tem sido utilizada no combate a fraudes financeiras por sua grande capacidade de identificar padrões e tendências; no campo jurídico, pode otimizar o tempo e os recursos gastos em pesquisas processuais.

De acordo com Daniel Cal, fundador do software online de gestão política O Assessor, a IA também tem se mostrado um propulsor poderoso no cenário político, auxiliando na análise de grandes volumes de dados para traçar estratégias mais assertivas e personalizadas.

Uso da IA na política

Nas eleições do ano passado, a Justiça Eleitoral recebeu 10.629 inscrições de pessoas interessadas em disputar uma vaga de deputado federal, um aumento de quase 24% em relação ao registrado nas eleições de 2018. Para se ter uma ideia do que isso representa, o número de candidaturas foi o maior desde a redemocratização no país, ocorrida em meados dos anos 1980.

Nesta era digital, o uso de recursos tecnológicos por aspirantes a um cargo político é uma tendência natural e necessária, segundo Daniel Cal. “O político contemporâneo que almeja o sucesso não pode se dar ao luxo de ignorar as vantagens que a tecnologia oferece.”

Entre os principais usos da inteligência artificial no campo da política, o especialista destaca a análise de dados avançada, a elaboração de estratégias de campanhas e a gestão da base eleitoral. “Com o auxílio dela, é possível não apenas estruturar campanhas mais assertivas e bem-sucedidas, mas também desenvolver gestões mais eficientes e alinhadas às necessidades da população”, explica.

O software online de gestão política O Assessor, fundado por Cal, disponibiliza uma plataforma para os políticos gerirem e cultivarem relacionamentos com seus eleitores. Cal afirma que ela permite uma comunicação mais próxima e personalizada entre o candidato e o eleitor, aumentando a chance de converter relacionamentos em votos.

Além disso, Cal avalia que esse uso estratégico da tecnologia pode promover a inclusão e auxiliar na implementação de políticas públicas mais eficazes e no estabelecimento de um canal de comunicação direto e transparente com os cidadãos, por meio do qual é possível tanto receber as demandas da população quanto apresentar propostas e divulgar ações em prol da sociedade.

Para o especialista, porém, a tecnologia não substitui o lado humano da política. “É preciso preservar e valorizar o contato humano e a empatia, elementos cruciais na construção de uma relação de confiança e respeito mútuo entre o político e seu eleitorado”, defende.

Cabe ressaltar que alguns usos de inteligência artificial ainda não estão regulamentados no Brasil, sendo o Projeto de Lei (PL) 2338, de autoria do senador Rodrigo Pacheco, a principal proposta sobre o assunto a tramitar no Congresso. Outros países, como Estados Unidos, Reino Unido, China e Japão, também têm avançado na questão da regulamentação da IA, conforme aponta um levantamento recente do portal Olhar Digital sobre o assunto. 

Para saber mais, basta acessar https://www.oassessor.com.br/

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