Futuro dos meios de pagamento aponta para a agilidade

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A tecnologia dita as regras do mundo e até nas profissões em alta neste ano. Inclusive na forma como o consumidor paga suas compras, não é diferente. Dados do Visa Back to Business 2020 apontam mudanças na forma como o brasileiro usa seu dinheiro. O dinheiro em espécie, por exemplo, apresentou redução e 78% no uso. Razões como a pandemia foram impulsionadores dessa mudança de hábito.

De acordo com o Banco Central, no ano passado, os brasileiros movimentaram só em transações via Pix mais de 24 bilhões de reais. Todo esse cenário leva as empresas e consumidores a buscarem métodos de pagamento mais eficientes, seguros e à prova de fraudes. Para entender os rumos aplicados na indústria de pagamentos digitais, o engenheiro de softwares Diêgo Vieira Rocha, elenca algumas formas de pagamento que já são realidade e que ganharão ainda mais espaço no futuro de empresas e consumidores:

– Pix: o Pix é o sistema de pagamento instantâneo no Brasil que permite a transferência de dinheiro entre contas bancárias em segundos, 24 horas por dia, todos os dias da semana. O Pix funciona vinculando uma chave a sua conta bancaria, esta chave que pode ser CPF/CNPJ, celular ou e-mail, a partir dessa chave o usuário já pode realizar pagamentos e transferências.

– Cartões de Crédito: os cartões de crédito permitem aos consumidores a flexibilidade de fazer compras e pagar por elas posteriormente. Cada usuário recebe um limite de crédito e pode usar o cartão para pagar por produtos e serviços, acumulando uma dívida que deve ser paga no final do mês integralmente ou em parcelas mensais.

– Pagamentos por aproximação (NFC): essa tecnologia permite que os consumidores façam pagamentos simplesmente aproximando seus dispositivos, como smartphones ou cartões, de um terminal de pagamento habilitado com NFC. Isso permite a transmissão sem fio dos dados de pagamento, tornando a operação ágil e prática.

– Carteiras Digitais: carteiras digitais, como Apple Pay, Google Pay e Samsung Pay, permitem que os consumidores armazenem informações de pagamento em seus dispositivos móveis. Isso permite que eles efetuem pagamentos em estabelecimentos físicos, aplicativos e websites usando seus smartphones, agilizando o processo de compra e proporcionando comodidade, pois muitas vezes envolve a autenticação biométrica, como impressões digitais ou reconhecimento facial para autorizar transações.

Incorporado ao cotidiano do brasileiro, o Pix se enquadra na categoria de pagamento ‘Account to Account’. Segundo pesquisa das empresas WorldPay e FIS, o Brasil possui a maior fatia de uso em relação ao total de pagamentos no e-commerce, 24% do total, contra 9% a nível mundial. “O Brasileiro é um povo “early adopter”, ou seja, adotamos rapidamente tecnologias que fazem sentido no nosso uso diário, e com o Pix não foi diferente. A tecnologia caiu na graça da população devido a sua gratuidade, rapidez, disponibilidade e facilidade de uso. Essa combinação ajudou a trazer pessoas da informalidade pro mundo bancário, expandindo a aceitação do Pix pelo mercado”, explica Diêgo.

Pagar suas compras através de meios virtuais também se tornou sinônimo de segurança. Antes tidos como perigosos, os meios de pagamento sem uso de papel moeda ou cartões evitam golpes e furtos, por exemplo. Segundo a pesquisa Censo de Fraude realizada pela Konduto, mais de 6 bilhões de reais em compras suspeitas foram bloqueadas só no primeiro semestre de 2023.

Sobre as criptomoedas, Diêgo enxerga a modalidade ainda em fase embrionária, mas entende que as moedas digitais seguirão vistas como uma forma de investimento. “O mercado financeiro está utilizando o arcabouço criado para operar moedas digitais, a blockchain, para criar serviços diversos e ‘desintermediar’ operações que antigamente era feitas apenas por bancos. Um grande exemplo disso são as registradoras de recebíveis que permitem a cessão de títulos em garantia de outra operação”, finaliza o especialista.

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