Visagismo pode moldar a imagem do profissional para o mercado de trabalho

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A imagem de uma pessoa pode afirmar sua identidade ou torná-la frágil. No ambiente de trabalho, estar atento às roupas, ao corte de cabelo, à postura, ao modo de agir e de falar pode representar o sucesso ou o fracasso em uma entrevista de emprego. 

Aliás, a disputa por uma vaga no mercado de trabalho está cada vez mais acirrada. De acordo com o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Brasil conta com 9,4 milhões de desempregados, o que representa 8,8% da população brasileira. Os dados são do primeiro trimestre de 2023. 

Para se destacar na entrevista de emprego, além de apresentar conhecimento para a vaga exigida e atender aos requisitos da empresa, é necessário ter um estilo visual que se adeque ao local de trabalho. Aliás, no Brasil, mais do que na maioria das nações, há uma grande preocupação com a aparência. Uma pesquisa feita pelo Google mostrou que o Brasil é o terceiro país em que os usuários mais pesquisam por moda e beleza

Tania Trindade, professora e mestre em Consultoria Visagista de Imagem, recomenda alguns cuidados visuais para a entrevista de emprego. “O corte de cabelo certo, por exemplo, pode fazer uma pessoa passar mais credibilidade”. Ela explica que é aí que entra a consultoria. “Às vezes, a própria pessoa não entende a mensagem que deveria passar no ambiente de trabalho. Numa consultoria, usamos nossos conhecimentos para entender o que a pessoa deseja e deve transmitir e assim, orientá-la”, conclui.

Um profissional em visagismo pode traçar a melhor estratégia para a pessoa alcançar a imagem que pretende transmitir, conectando a imagem a sua essência, equilibrando desde a tonalidade da voz, movimentação gestual ou até uma armação de óculos.

De acordo com Robson Trindade, mestre e doutorando em visagismo pela PUC/SP TIDD, é possível transmitir diferentes mensagens de acordo com o corte escolhido. “Se a intenção é passar uma imagem mais divertida, alegre, o melhor é optar por formatos arredondados. Já para transmitir uma impressão mais séria, rígida, a escolha deve ser pela linha reta”, recomenda.

Robson alerta que é preciso procurar um profissional capacitado para fazer esta consultoria: “a pessoa sabe o que a agrada, mas não sabe a mensagem da imagem que pretende passar. Não sabe se precisa cortar quadrado ou usar uma armação arredondada, entre tantas outras lapidações que podem acontecer. O profissional deve ter conhecimento para fazer essa entrega com segurança e mínima possibilidade de erro”.

Nem todo profissional da imagem tem conhecimento em visagismo. Portanto, se a pessoa faz questão de escolher um determinado profissional, Robson recomenda que antes faça uma consulta com um visagista. “A consulta pode ser online. A partir desta consulta, o profissional vai construir um projeto que contemple a imagem que irá ajudá-la no mercado de trabalho. E a cliente leva este projeto ao profissional que irá executá-lo. O Consultor Visagista elabora o projeto estratégico e o profissional operacional executa”.

Robson dá alguns exemplos de como o corte pode interferir na mensagem que a pessoa pretende transmitir. “Para passar sensação de firmeza e estabilidade, podemos usar linhas diagonais com volume para baixo.  Se quiser um formato mais dinâmico, pode gerar linha inclinada com volume superior”.

São mudanças que podem até parecer simples, mas que provocam uma transformação no visual e na forma como o profissional é visto pelos recrutadores e pelo mercado em geral.

 

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