Hipertensão Arterial: Um Mal Silencioso

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Um mal silencioso

Fonte: CITEN – Centro Integrado de Terapia Nutricional

Você, eu e muitos outros brasileiros fomos surpreendidos com as recomendações do ministro da Saúde, na semana passada: sexo para combater a hipertensão. Durante o evento em que apresentou a pesquisa do Ministério da Saúde sobre o problema – que atinge 24% dos brasileiros – José Gomes Temporão foi além, reforçou que a prevenção é a melhor forma de evitar a hipertensão arterial, estimulou que os brasileiros mudem seus hábitos alimentares e façam mais atividades físicas, inclusive sexo.

A hipertensão atinge um em cada quatro brasileiros. O número de casos no País cresceu 13,4% em três anos, passando de 21,5% para 24,4%. O levantamento, feito em 2009, com 54 mil adultos, a pedido do Ministério da Saúde, mostra que o aumento foi registrado em todas as faixas etárias, principalmente entre os idosos: 63,2% das pessoas com mais de 65 anos apresentam o problema. A pesquisa mostra que a proporção de hipertensos é maior entre mulheres: 27,2%. Entre os homens, a taxa é de 21,2%. Na população jovem, os números também preocupam: 14% das pessoas com até 34 anos têm a doença.

A pressão alta é um mal silencioso. Como poderíamos convencer as pessoas que sofrem desse mal de que elas correm riscos de vida? Riscos totalmente previsíveis e potencialmente evitáveis. Como poderíamos conseguir que essas pessoas entendam a gravidade do problema, se na maioria das vezes, elas não sentem nada? Muita gente nem sabe que tem pressão alta, ou passa a saber após uma catástrofe: um infarto ou um derrame.

Uma das estratégias é a informação, pois, de acordo com as informações governamentais, quanto menor a escolaridade, mais frequente é o problema. Entre pessoas com 9 a 11 anos de estudo, 16,8% têm pressão alta. Já entre os com até 8 anos de escolaridade, o índice sobe para 31,5%. Hipertensão não é doença de rico, como se imagina. Ela afeta todos. E a população mais pobre pode sofrer mais, pela dificuldade de acesso a tratamento.

A recomendação é de que a pressão arterial deve ser medida regularmente, no mínimo, uma vez por ano, inclusive por aqueles que não têm ou desconhecem ter a doença. Esta recomendação também se aplica às crianças, a partir dos três anos de idade. Já para os hipertensos, a verificação da pressão deve ser muito mais freqüente, para o controle adequado da doença.

Uma doença com múltiplas causas

Não sabemos ao certo a razão para o aparecimento da hipertensão arterial, mas fatores genéticos são os mais importantes, uma vez que a presença da doença em um ou ambos os pais, já torna o filho um candidato a se tornar hipertenso também. Além disso, a hipertensão arterial tem características vasculares, neurológicas, renais, cardiológicas e endócrinas, o que a torna uma doença estudada e tratada por muitas especialidades médicas.

Do ponto de vista endocrinológico, sabemos que fatores hormonais são responsáveis pela redução da elasticidade dos vasos sangüíneos e, por conseguinte, pelo aumento da pressão arterial. A conseqüência, a longo prazo, é um trabalhoso esforço do coração para conseguir bombear o sangue nesse extenso leito vascular estreitado e mais rígido. Para conseguir isso, o coração exerce uma atividade de musculação contínua, diária, exaustiva, fazendo com que a musculatura do coração sofra hipertrofia como o bíceps de um halterofilista.

O excesso de peso também é um dos fatores causais da hipertensão. Ele é responsável pelo aumento de 2 a 6 vezes do risco de elevação da pressão arterial e pequena redução no peso corporal, da ordem de 5% a 10%, já é capaz de abaixar a pressão arterial ou reduzir a dose dos medicamentos necessários para sua normalização.

A dieta ideal para o tratamento do hipertensão arterial

Entre as influências nutricionais relacionadas à hipertensão arterial, o sal é sem dúvida o fator mais importante, uma vez que seu excesso na dieta influencia não somente o agravamento da doença, mas concorre também para uma maior incidência de hipertensos em uma população sadia. Logo, comer menos sal faz parte da prevenção da hipertensão arterial e também do seu tratamento.

Não queremos dizer com isso que devemos comer sem sal. Sabemos do maravilhoso sabor que ele incorpora aos alimentos. Mas o brasileiro tem exagerado, pois, de acordo com o Ministério da Saúde, em seu Guia Alimentar de 2006, estamos ingerindo cerca de 30 gramas de sal por dia (12gramas de sódio), quando deveríamos ingerir, no máximo, 12 gramas de sal (5 gramas de sódio).

Comer porções normais de sal implica em dois cuidados: não o adicionar na comida pronta e cozinhar com pouco sal. Na verdade, se eliminarmos totalmente o sal no preparo das refeições, ainda assim estaremos ingerindo dois ou três gramas por dia, porque alguns alimentos já contêm um pouco de sal em sua composição. Para as pessoas com hipertensão arterial, o consumo de sal deve ser ainda mais rigorosamente controlado, sendo que idealmente elas não deveriam ultrapassar 2g de sal por dia, além daquele presente naturalmente nos alimentos.

Quem come fora regularmente tem mais dificuldade para controlar o consumo de sal, mas sempre é possível fazê-lo, através do controle do saleiro e evitando alimentos sabidamente ricos em sódio como azeitonas, queijos amarelos, conservas, patês, shoyu, molhos prontos para salada, carne seca, bacalhau, embutidos e defumados. Um item muito consumido pelo brasileiro, o churrasco, é especialmente rico em sal, de uma forma pouco perceptível, pois essas carnes ficam mais saborosas quando temperadas com uma quantidade maior de sal.

Finalmente, é importante saber que é praticamente impossível seguir as recomendações de ingestão de sal consumindo alimentos industrializados. Praticamente todos eles contêm sódio além da conta. Do pão integral ao refrigerante e até mesmo os sucos artificiais em pó. Os campeões são os embutidos – presunto, salame, mortadela, salsicha – e defumados, os caldos concentrados e temperos prontos, as sopas instantâneas, os salgadinhos em pacotes, os queijos amarelos, os pratos prontos congelados e as conservas.

Como enfrentar o problema?

Com relação ao consumo de sódio, atitudes efetivas por meio de políticas governamentais podem reduzir os custos da saúde e salvar vidas. Essa foi a conclusão de uma recente análise de pesquisadores norte americanos, baseada no fato de que a maioria dos americanos utiliza alimentos processados e industrializados, onde o sódio é encontrado em grande quantidade. Portanto, seria impossível para um cidadão norte-americano ajustar-se sozinho à quantidade ideal de consumo de sódio, sem alterações nas quantidades de sódio desses alimentos.

Em 2003, o Reino Unido iniciou uma cruzada para reduzir, entre 20 e 30%, o conteúdo de sódio dos alimentos processados e empacotados. O País tem conseguido resultados surpreendentes e já estabeleceu metas ousadas: reduzir em até 40% a quantidade de sódio dos alimentos industrializados, até o ano de 2012. Países como Irlanda, Austrália, Canadá, Japão e a Finlândia já iniciaram programas semelhantes.

Diante dos resultados ingleses, os pesquisadores americanos calcularam que uma redução de 9,5% na ingestão de sódio, semelhante ao que vem ocorrendo no Reino Unido, poderia evitar centenas de milhares de infartos e derrames também na América e economizar mais de 32 bilhões de dólares em tratamentos de saúde. Um programa dessa magnitude seria mais econômico do que pagar os custos de medicamentos hipotensores para a população de hipertensos em desenvolvimento.

Recentemente, uma aliança entre organizações de saúde e grandes cidades, lideradas por Nova York, iniciaram uma campanha pela redução de 20% na ingestão de sal pelos americanos em 5 anos, e de 40%, em 10 anos. Para atingir estas metas, o conteúdo de sódio dos alimentos processados e empacotados deverá reduzir em 25%, em 5 anos, e 50%, em 10 anos. Por incrível que possa parecer, muitas indústrias alimentícias já se adequaram às normas e a maioria dos alimentos à venda já atende às novas determinações.

No Brasil, o tema foi motivo de uma reunião, no dia 26 de abril de 2010, onde participaram representantes do Ministério da Saúde, do Ministério da Agricultura, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, e das sociedades brasileiras de Cardiologia, Hipertensão e Nefrologia. A razão do encontro foi ouvir o posicionamento dos participantes destes órgãos e associações sobre um documento denominado Recomendação para as Políticas Nacionais para a Redução do Consumo de Sódio na População.

O documento apresenta propostas destinadas aos governos, indústrias de alimentos, associações, sociedades científicas, ONGs e OPAS para a implementação de ações voltadas à redução de consumo de sódio no Brasil, visando a redução de problemas cardiovasculares entre nós.

As sociedades científicas e o Ministério da Saúde endossaram o teor do documento e elaboraram uma proposta de projeto de lei que obriga os fabricantes a informar, nos rótulos das embalagens, os produtos que contêm quantidade elevada de sódio.

Muito além do sal…

Além dos cuidados em relação ao consumo de sal, o paciente hipertenso deve ser estimulado a seguir uma dieta balanceada, privilegiando frutas e verduras, carne magra, laticínios desnatados, grãos e cereais. Aumentar o consumo de potássio também auxilia o controle da pressão, isto pode ser feito através do aumento do consumo de frutas e verduras. Uma dieta rica em vegetais e frutas, que contenha entre 2 e 4g de potássio/dia, pode ser útil na prevenção e no tratamento da hipertensão arterial.

A redução da ingestão de álcool também auxilia no controle da pressão arterial naquelas pessoas que consomem grandes quantidades de bebidas alcoólicas. A recomendação médica é a seguinte: a ingestão de bebida alcoólica deve ser limitada a 30g álcool/dia contidas em 600 ml de cerveja (5% de álcool) ou 250 ml de vinho (12% de álcool) ou 60ml de destilados (whisky, vodka, aguardente – 50% de álcool). Este limite deve ser reduzido à metade para homens de baixo peso, mulheres e indivíduos com sobrepeso e/ou triglicérides elevados.

É importante destacar que a dieta é apenas uma das medidas para controle da pressão arterial. Ela deve ser acompanhada da adoção de outros hábitos de vida saudável, tais como: prática de atividade física regular, abandono do tabagismo, ingestão moderada de bebidas alcoólicas, controle do estresse e manutenção do tratamento medicamentoso, quando houver prescrição médica para tal.

Você, eu e muitos outros brasileiros fomos surpreendidos com as recomendações do ministro da Saúde, na semana passada: sexo para combater a hipertensão. Durante o evento em que apresentou a pesquisa do Ministério da Saúde sobre o problema – que atinge 24% dos brasileiros – José Gomes Temporão foi além, reforçou que a prevenção é a melhor forma de evitar a hipertensão arterial, estimulou que os brasileiros mudem seus hábitos alimentares e façam mais atividades físicas, inclusive sexo.

A hipertensão atinge um em cada quatro brasileiros. O número de casos no País cresceu 13,4% em três anos, passando de 21,5% para 24,4%. O levantamento, feito em 2009, com 54 mil adultos, a pedido do Ministério da Saúde, mostra que o aumento foi registrado em todas as faixas etárias, principalmente entre os idosos: 63,2% das pessoas com mais de 65 anos apresentam o problema. A pesquisa mostra que a proporção de hipertensos é maior entre mulheres: 27,2%. Entre os homens, a taxa é de 21,2%. Na população jovem, os números também preocupam: 14% das pessoas com até 34 anos têm a doença.

A pressão alta é um mal silencioso. Como poderíamos convencer as pessoas que sofrem desse mal de que elas correm riscos de vida? Riscos totalmente previsíveis e potencialmente evitáveis. Como poderíamos conseguir que essas pessoas entendam a gravidade do problema, se na maioria das vezes, elas não sentem nada? Muita gente nem sabe que tem pressão alta, ou passa a saber após uma catástrofe: um infarto ou um derrame.

Uma das estratégias é a informação, pois, de acordo com as informações governamentais, quanto menor a escolaridade, mais frequente é o problema. Entre pessoas com 9 a 11 anos de estudo, 16,8% têm pressão alta. Já entre os com até 8 anos de escolaridade, o índice sobe para 31,5%. Hipertensão não é doença de rico, como se imagina. Ela afeta todos. E a população mais pobre pode sofrer mais, pela dificuldade de acesso a tratamento.

A recomendação é de que a pressão arterial deve ser medida regularmente, no mínimo, uma vez por ano, inclusive por aqueles que não têm ou desconhecem ter a doença. Esta recomendação também se aplica às crianças, a partir dos três anos de idade. Já para os hipertensos, a verificação da pressão deve ser muito mais freqüente, para o controle adequado da doença.

Uma doença com múltiplas causas

Não sabemos ao certo a razão para o aparecimento da hipertensão arterial, mas fatores genéticos são os mais importantes, uma vez que a presença da doença em um ou ambos os pais, já torna o filho um candidato a se tornar hipertenso também. Além disso, a hipertensão arterial tem características vasculares, neurológicas, renais, cardiológicas e endócrinas, o que a torna uma doença estudada e tratada por muitas especialidades médicas.

Do ponto de vista endocrinológico, sabemos que fatores hormonais são responsáveis pela redução da elasticidade dos vasos sangüíneos e, por conseguinte, pelo aumento da pressão arterial. A conseqüência, a longo prazo, é um trabalhoso esforço do coração para conseguir bombear o sangue nesse extenso leito vascular estreitado e mais rígido. Para conseguir isso, o coração exerce uma atividade de musculação contínua, diária, exaustiva, fazendo com que a musculatura do coração sofra hipertrofia como o bíceps de um halterofilista.

O excesso de peso também é um dos fatores causais da hipertensão. Ele é responsável pelo aumento de 2 a 6 vezes do risco de elevação da pressão arterial e pequena redução no peso corporal, da ordem de 5% a 10%, já é capaz de abaixar a pressão arterial ou reduzir a dose dos medicamentos necessários para sua normalização.


A dieta ideal para o tratamento do hipertensão arterial

Entre as influências nutricionais relacionadas à hipertensão arterial, o sal é sem dúvida o fator mais importante, uma vez que seu excesso na dieta influencia não somente o agravamento da doença, mas concorre também para uma maior incidência de hipertensos em uma população sadia. Logo, comer menos sal faz parte da prevenção da hipertensão arterial e também do seu tratamento.

Não queremos dizer com isso que devemos comer sem sal. Sabemos do maravilhoso sabor que ele incorpora aos alimentos. Mas o brasileiro tem exagerado, pois, de acordo com o Ministério da Saúde, em seu Guia Alimentar de 2006, estamos ingerindo cerca de 30 gramas de sal por dia (12gramas de sódio), quando deveríamos ingerir, no máximo, 12 gramas de sal (5 gramas de sódio).

Comer porções normais de sal implica em dois cuidados: não o adicionar na comida pronta e cozinhar com pouco sal. Na verdade, se eliminarmos totalmente o sal no preparo das refeições, ainda assim estaremos ingerindo dois ou três gramas por dia, porque alguns alimentos já contêm um pouco de sal em sua composição. Para as pessoas com hipertensão arterial, o consumo de sal deve ser ainda mais rigorosamente controlado, sendo que idealmente elas não deveriam ultrapassar 2g de sal por dia, além daquele presente naturalmente nos alimentos.

Quem come fora regularmente tem mais dificuldade para controlar o consumo de sal, mas sempre é possível fazê-lo, através do controle do saleiro e evitando alimentos sabidamente ricos em sódio como azeitonas, queijos amarelos, conservas, patês, shoyu, molhos prontos para salada, carne seca, bacalhau, embutidos e defumados. Um item muito consumido pelo brasileiro, o churrasco, é especialmente rico em sal, de uma forma pouco perceptível, pois essas carnes ficam mais saborosas quando temperadas com uma quantidade maior de sal.

Finalmente, é importante saber que é praticamente impossível seguir as recomendações de ingestão de sal consumindo alimentos industrializados. Praticamente todos eles contêm sódio além da conta. Do pão integral ao refrigerante e até mesmo os sucos artificiais em pó. Os campeões são os embutidos – presunto, salame, mortadela, salsicha – e defumados, os caldos concentrados e temperos prontos, as sopas instantâneas, os salgadinhos em pacotes, os queijos amarelos, os pratos prontos congelados e as conservas.

Como enfrentar o problema?

Com relação ao consumo de sódio, atitudes efetivas por meio de políticas governamentais podem reduzir os custos da saúde e salvar vidas. Essa foi a conclusão de uma recente análise de pesquisadores norte americanos, baseada no fato de que a maioria dos americanos utiliza alimentos processados e industrializados, onde o sódio é encontrado em grande quantidade. Portanto, seria impossível para um cidadão norte-americano ajustar-se sozinho à quantidade ideal de consumo de sódio, sem alterações nas quantidades de sódio desses alimentos.

Em 2003, o Reino Unido iniciou uma cruzada para reduzir, entre 20 e 30%, o conteúdo de sódio dos alimentos processados e empacotados. O País tem conseguido resultados surpreendentes e já estabeleceu metas ousadas: reduzir em até 40% a quantidade de sódio dos alimentos industrializados, até o ano de 2012. Países como Irlanda, Austrália, Canadá, Japão e a Finlândia já iniciaram programas semelhantes.
Diante dos resultados ingleses, os pesquisadores americanos calcularam que uma redução de 9,5% na ingestão de sódio, semelhante ao que vem ocorrendo no Reino Unido, poderia evitar centenas de milhares de infartos e derrames também na América e economizar mais de 32 bilhões de dólares em tratamentos de saúde. Um programa dessa magnitude seria mais econômico do que pagar os custos de medicamentos hipotensores para a população de hipertensos em desenvolvimento.

Recentemente, uma aliança entre organizações de saúde e grandes cidades, lideradas por Nova York, iniciaram uma campanha pela redução de 20% na ingestão de sal pelos americanos em 5 anos, e de 40%, em 10 anos. Para atingir estas metas, o conteúdo de sódio dos alimentos processados e empacotados deverá reduzir em 25%, em 5 anos, e 50%, em 10 anos. Por incrível que possa parecer, muitas indústrias alimentícias já se adequaram às normas e a maioria dos alimentos à venda já atende às novas determinações.

No Brasil, o tema foi motivo de uma reunião, no dia 26 de abril de 2010, onde participaram representantes do Ministério da Saúde, do Ministério da Agricultura, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, e das sociedades brasileiras de Cardiologia, Hipertensão e Nefrologia. A razão do encontro foi ouvir o posicionamento dos participantes destes órgãos e associações sobre um documento denominado Recomendação para as Políticas Nacionais para a Redução do Consumo de Sódio na População.

O documento apresenta propostas destinadas aos governos, indústrias de alimentos, associações, sociedades científicas, ONGs e OPAS para a implementação de ações voltadas à redução de consumo de sódio no Brasil, visando a redução de problemas cardiovasculares entre nós.
As sociedades científicas e o Ministério da Saúde endossaram o teor do documento e elaboraram uma proposta de projeto de lei que obriga os fabricantes a informar, nos rótulos das embalagens, os produtos que contêm quantidade elevada de sódio.


Muito além do sal…

Além dos cuidados em relação ao consumo de sal, o paciente hipertenso deve ser estimulado a seguir uma dieta balanceada, privilegiando frutas e verduras, carne magra, laticínios desnatados, grãos e cereais. Aumentar o consumo de potássio também auxilia o controle da pressão, isto pode ser feito através do aumento do consumo de frutas e verduras. Uma dieta rica em vegetais e frutas, que contenha entre 2 e 4g de potássio/dia, pode ser útil na prevenção e no tratamento da hipertensão arterial.

A redução da ingestão de álcool também auxilia no controle da pressão arterial naquelas pessoas que consomem grandes quantidades de bebidas alcoólicas. A recomendação médica é a seguinte: a ingestão de bebida alcoólica deve ser limitada a 30g álcool/dia contidas em 600 ml de cerveja (5% de álcool) ou 250 ml de vinho (12% de álcool) ou 60ml de destilados (whisky, vodka, aguardente – 50% de álcool). Este limite deve ser reduzido à metade para homens de baixo peso, mulheres e indivíduos com sobrepeso e/ou triglicérides elevados.

É importante destacar que a dieta é apenas uma das medidas para controle da pressão arterial. Ela deve ser acompanhada da adoção de outros hábitos de vida saudável, tais como: prática de atividade física regular, abandono do tabagismo, ingestão moderada de bebidas alcoólicas, controle do estresse e manutenção do tratamento medicamentoso, quando houver prescrição médica para tal.

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