Dietas Especiais – Distúrbios Do Peso

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1. INTRODUÇÃO

A maioria dos indivíduos tem um peso corporal constante, controlado pelas complexas reações químicas, neurais e hormonais do organismo, que mantém o equilíbrio entre a ingestão e o dispêndio energético.

As anormalidades destes mecanismos, muitas das quais não são completamente compreendidas, resultam de flutuações de peso exageradas, sendo as mais comuns o sobrepeso e a obesidade. A incapacidade no ganho de peso pode ser um problema secundário a uma doença. Por outro lado, os distúrbios alimentares, anorexia nervosa e bulimia nervosa, geram situações ameaçadoras à vida.

Existem várias parâmetros para a classificação diagnóstica do peso, entre eles o IMC (índice de massa corporal) ou índice de Quetelet, cujo resultado fornece o diagnostico do peso corporal para o indivíduo, hoje é um dos mais aceitos.

IMC = m/A², onde m é o peso atual e A é a altura do indivíduo.

Os resultados, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) são:

< 18,5: baixo peso; De 18,5 a 24,9: peso normal; De 25 a 29,9: sobrepeso; >30: obesidade.

A unidade do IMC é dada em Kg por metro quadrado.

2. OBESIDADE

2.1 DEFINIÇÃO

Alteração do estado nutricional, caracterizado pelo excesso de tecido adiposo e aumento do peso corporal, que corre através de hipertrofia* ou hiperplasia** das células adiposas, ou ainda combinação de ambos.

2.2 TIPOS

– Geral
– Localizada: 1. Ginóide (pêra): Quadris, nádegas e coxas; 2. Andróide (maçã): tronco e abdômen.

2.3 ETIOLOGIA: MULTI-CAUSAL

– Balanço energético positivo: ingestão energética maior do que as necessidades;

– Psicológicas: carências afetivas, sendo o alimento utilizado como substituído afetivo;

– Comportamentais: maus hábitos alimentares e desinformação;

– Sedentarismo: baixa atividade física. Diminuição das necessidades energéticas do indivíduo, que nem sempre diminui a ingestão de alimentos.

– Endócrinas: no hipotireoidismo, diminui a produção de triiodotironina (T3) e conseqüentemente o metabolismo basal e o dispêndio energético, levando à obesidade. Representa uma taxa muito baixa de indivíduos.

– Genéticas: muitos fatores hormonais e neurais envolvidos no controle de peso normal são determinados geneticamente. Estes incluem os sinais mais de curto e longo prazo que determinam a saciedade e a atividade de alimentação. Pequenos defeitos na sua expressão ou interação podem contribuir significativamente para ganho de peso.

No geral, a obesidade oferece risco de vários processos patológicos, tais como: aparecimento do diabetes, hipertensão arterial, aterosclerose e outros.

2.4 TRATAMENTO DIETOTERÁPICO

– Dieta individualizada, respeitando hábitos, características sócio-econômicas, disponibilidade, etc.;

– Variada em nutrientes;

– Reeducação alimentar, alterando hábitos errôneos, excessos, etc.;

– Rica em fibras;

– Completa em vitaminas e minerais, se necessário, suplementada terapeuticamente;

– Evitar alimentos excessivamente calóricos, como doces concentrados, maionese, frituras, álcool, chocolates, etc.;

– Consumir adoçantes como: aspartame (mais caro e menor rendimento), sacarina e ciclamento (sabor residual), etc.;

– Incluir atividade física;

– Hipocalórica: propiciando um balanço energético negativo com restrição energética moderada. O valor calórico de manutenção da gordura corpórea corresponde a 3.500 calorias por 450g de peso. Dessa forma, para uma perda de 450 a 500g de peso por semana, é necessário que o VET (Valor Energético Total) tenha um déficit de 500 Calorias por dia.

3. MAGREZA

Teoricamente, o peso de um indivíduo está na dependência do balanço energético proporcionado ao organismo, possibilitando a manutenção ou não do peso corpóreo. Tomando como parâmetro este princípio, o peso está sujeito a oscilações decorrentes de fatores como: disponibilidade de alimentos, variações do gasto energético para atividade física, processos patológicos, alterações na digestão e absorção de nutrientes, etc.

É importante considerar esses fatores quando se determina perda ponderal, originando um estado de emagrecimento onde a dietoterapia tem por objetivo corrigir estas perdas mediante o problema que as originam.

Por outro lado, a magreza constitucional caracteriza- se por um estado dependente da herança genética. Este indivíduo apresenta-se geralmente com o peso abaixo do considerado teórico, mas apesar disto, em perfeito estado de higidez. A pequena proporção de tecido adiposo nestes indivíduos é inerente ao genótipo e desta forma a dietoterapia é mais difícil.

*Hipertrofia: é o aumento no volume das células num tecido.
**Hiperplasia: é o aumento do número das células num órgão ou tecido.

Fonte: CozinhaNet

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