Frozen yogurt, estabilidade duradoura

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O frozen yogurt chegou ao Brasil e virou febre por muito tempo. A sobremesa gelada possui a combinação do sabor diferenciado do iogurte com o valor nutricional que atrai quem deseja ter uma vida saudável. Empresas do ramo alimentício começaram a apostar nessa febre, tanto na produção do frozen quanto na produção de produtos para ele.

Agora, é comum encontrar empresas que fabricam ingredientes como, por exemplo, o pó para fazer a textura, a cobertura e até mesmo os toppings – outros ingredientes que podem deixar o produto mais atrativo. O mercado, as características desses produtos e a situação atual desse negócio são questões pautadas por essas empresas e que interferem em seus futuros investimentos.

De olho nas tendências

A Alibra é uma empresa que atua na fabricação e comercialização de derivados lácteos e misturas para o setor de alimentação e bebidas. Entre esses produtos, a empresa fabrica uma mistura em pó que é usada na produção de frozen yogurt.

De olho nas tendências alimentícias, a Alibra resolveu investir no frozen yogurt tanto pela tendência relacionada ao produto quanto pela constante procura de clientes por itens que ofereçam opções mais saudáveis.

Outro motivo para apostar nesse produto, de acordo com Marcus Lima, coordenador de vendas técnicas da área de sorvetes da Alibra, é o consumidor. “Um aspecto importante é a opinião do consumidor final que, de certo modo, influencia na maneira de personalizar e até preparar o produto”, explica.

O coordenador acredita que o frozen yogurt veio para ficar, por isso, apresenta diferentes opções de pó para sua produção. “São mais de 15 sabores, em versões (inclusive diet) superfáceis de preparar e que atendem aos diferentes perfis de textura e cremosidade solicitados pelo mercado”, destaca Lima.

Durante algum tempo, o frozen foi o alimento da “moda”, com grande número de consumo. No início, a procura por esses alimentos tendem a ser mais elevadas devido ao grande número de pessoas em fase de experimentação. Porém, como toda tendência, esse consumo diminuiu. Para a Alibra, esse recuo já estava sendo esperado pela empresa desde que começaram as vendas. A empresa afirma que o ritmo de consumo elevado, comum no início das vendas, é uma prática comum no ramo alimentício.

“Sabíamos que a consolidação deste produto ocorreria, pois atende a tendências modernas do mercado de alimentação, indicando que a duração do produto venceria o fenômeno temporário. Esta percepção foi fator determinante para que a empresa se inserisse no mercado e conquistasse a sua permanência”, explica.

O pó para fabricação do frozen, não só é comercializado como também é fabricado pela Alibra, em sua unidade em Campinas. De acordo com Marcus, esse produto possui características que auxiliam na produção do frozen. Dentre as qualidades apresentadas pela empresa, destacam-se a durabilidade maior, facilidade no transporte e na estocagem, além da padronização de um produto final único.

“Em especial, para as franquias, a utilização do produto tem sido um importante elemento facilitador da expansão dos negócios, pois controla e uniformiza a qualidade do produto em qualquer ponto de venda”, conclui.

Investimento ao redor do mundo

A PreGel é uma empresa italiana que possui mais de 40 anos de existência, que cria diversos produtos para confecção de frozens, gelatos e sobremesas em geral. Todas as matérias-primas utilizadas vêm de diversas partes do mundo, com a finalidade de deixar o produto com mais qualidade.

Bem antes de o frozen yogurt virar febre no Brasil, a PreGel já fabricava uma linha de produtos essenciais nessa mistura: o Frozen Yoggi®. Esse produto foi desenvolvido há 30 anos pelo Dr. Luciano Rabboni, fundador da PreGel. Devido ao grande aumento no consumo do frozen yogurt nos Estados Unidos, por volta dos anos 2000, a empresa investiu ainda mais em seus produtos e começou a comercializar essa linha ao redor do mundo.

No Brasil, esses produtos chegaram por volta de 2007, mas tiveram seu ápice em 2011. O produto virou moda em diversos locais, sendo comercializado especialmente em shoppings. As compras conseguiram continuar por algum tempo bem elevadas. De acordo com Davide Franzim, gerente-geral da PreGrel, é comum isso ocorrer, não só com sobremesas, mas com todos os produtos ligados ao setor de food service.

“Nos últimos anos, o Brasil e os Estados Unidos passaram por uma queda na demanda do frozen yogurt, porém isso é parte de um processo natural de sobrevivência para conceitos como este. Vimos a introdução do conceito, o crescimento, a maturação, a saturação, a queda, e, agora, estamos assistindo a fase da estabilidade no mercado. Esse princípio é aplicado não apenas para sobremesas, mas para todos os negócios que passam por grandes tendências, especialmente na área do food service”, afirma Franzim.

O gerente explica que essas tendências se harmonizam com os conceitos de vida saudável, bem disseminados atualmente e que influenciam no consumo. Algumas opções de sobremesas geladas também seguem esse conceito como, por exemplo, o sorbetto e o gelato. Diferentemente do cenário nacional, em alguns lugares esse mercado se encontra diferente.

“Curiosamente, esse cenário mostra-se em uma fase um pouco diferente em alguns países da indústria internacional. Nos últimos anos, novos mercados foram abertos para o frozen yogurt no mundo, como, por exemplo, na Ásia e na Europa – onde o gelato domina – diversas redes de frozen yogurt têm se firmado e expandido, iniciando novamente o ciclo”, afirma.

Para sobreviver nesse mercado, é preciso ter algumas características consistentes. Segundo Davide, os estabelecimentos mais fracos e com baixa qualidade de produtos não devem sobreviver a essas mudanças e terão sucesso “aqueles que investiram em bons pontos de localização, que possuem um bom sistema de operações, produtos com qualidade consistente e proprietários presentes que continuam a trabalhar, pesquisar e investir no seu negócio”, afirma.

A PreGel explica que o processo de produção do frozen pode ser feito de duas maneiras diferentes, uma instantânea e outra artesanal. Na maneira mais demorada, a artesanal, todos os ingredientes seguem a ordem de etapas para se transformar no produto final. A primeira coisa a ser feita é separar a medida de todos os produtos que serão usados (base para frozen, aromatizante, melhorador de textura, leite ou creme de leite para os sabores em creme ou água para os sabores de fruta). Logo em seguida, são misturados e levados para as máquinas de sorvete soft, onde o frozen será congelado na temperatura correta para o consumo.

Já na maneira instantânea, a PreGel disponibiliza uma mistura que só necessita da adição de água ou leite para se transformar em uma calda líquida, que poderá ir a máquina – é a linha Super Sprints.

De acordo com Davide, os ingredientes que compõem o frozen são de extrema importância para garantir a qualidade do produto que está sendo comercializado. “Os ingredientes escolhidos são fundamentais para o sucesso de ambos os processos de produção. Caso ingredientes de baixa qualidade sejam utilizados, ou algum ingrediente essencial não seja adicionado na receita, o produto final não terá a textura, sabor e qualidades esperadas”, explica.

Cursos de frozen yogurt

Um dos diferenciais da PreGel é disponibilizar cursos, oficinas e consultorias para quem trabalha no ramo alimentício. Davide explica que existe um local específico, dentro da unidade no Brasil, para ensinar as práticas para diversos produtos, sejam eles frozen, gelatos ou outras receitas.

“Além dos produtos, nossa filial do Brasil também possui um Centro de Treinamento Profissional, com aulas mensais para todos os níveis de interessados, e nós também oferecemos um serviço de consultoria técnica, que é dedicado a auxiliar e ensinar nossos clientes a preparar receitas balanceadas, obtendo o melhor produto final, seja ele o frozen, o gelato, sorvetes industriais ou, até mesmo, itens de confeitaria. Isso, claro, usando sempre os melhores ingredientes disponíveis no mercado”.

Fonte: Food Service News

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